Social Network Driven Development - parte 2

Não era minha intenção fazer com que meu artigo anterior fosse a primeira parte de uma sequência, mas o leitor Tarcísio Nunes e alguns acontecimentos recentes incentivaram-me a seguir adiante com o tema.

De forma ampla, penso que "Social Network Driven Development", ou o "Desenvolvimento Orientado a Rede Social" é uma forma de criação de soluções para necessidades ou desejos que surgem espontaneamente através das manifestações e interações entre usuários das redes sociais, ou o desenvolvimento de aplicações que são "percebidas" como um potencial objeto de necessidade ou desejo destes usuários. Há um elemento reativo (a percepção do desejo ou necessidade existente e a criação posterior da solução) e outro proativo (a "sacada" de que algo possa "pegar" na rede, se desenvolvido) no SNDD.

No artigo anterior citei exemplos reativos. A recomendação de filmes já acontece naturalmente e o pessoal da Universidade de Southampton criou o MovieIt. Eu sugeri um aplicativo, baseado no MovieIt, que nos auxiliasse no momento do voto. Tenho certeza de que serei um usuário deste aplicativo nas próximas eleições.

Um bom exemplo proativo é o da cervejaria gaúcha Polar, que criou o meme 1002 coisas para se fazer no Rio Grande do Sul antes de morrer. A Polar usou elementos clássicos de SNDD, geografia e paixão, para criar um aplicativo que gerou um guia vivo de coisas que devem ser feitas por aqui. O gaúcho é bairrista mesmo! Basta que dois ou mais se encontrem em qualquer lugar do mundo para que um novo CTG seja fundado. Ouso dizer que os CTGs foram a inspiração para o Facebook. O Facebook é quase um CTG virtual.

A Polar entendeu que a rede social virtual permeia a real, que os gaúchos orgulham-se do seu jeito de ser e que a cerveja, até secundária em uma terra fria, pra entrar no coração de seu povo tem que ser bairrista como ele.

Este artigo não tem a mínima intenção de fazer propaganda, mas apenas citar bons exemplos! Agora vou abrir uma latinha da Polar que deixei gelando na varanda.

Artigo publicado no Dicasl-L



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