4.1.3 Python

A linguagem de programação Python foi lançada para a comunidade em 1991, o que significa que ela é contemporânea do kernel Linux. Seus desenvolvedores, porém, procuraram, desde o princípio, documentar o estilo, a cultura e as ferramentas de desenvolvimento. A maior fonte de referência para este documento foi o portal oficial da linguagem.


A cultura Python tem muito de humor e leveza. O próprio nome da linguagem deriva do grupo de humor britânico Monty Python e o criador da linguagem, Guido van Rossum, é chamado de Benevolente Ditador Vitalício. Em 1999, Tim Peters, junto com Guido, publicaram na lista de discussão comp.lang.python os princípios de projeto da linguagem pedindo, na mesma publicação, que os mesmos não fossem levados tão a sério (os autores não recomendam que a lista de princípios seja usada como tatuagem, por exemplo). Ainda assim, tais princípios ilustram bem a cultura e o estilo de desenvolvimento do Python:

  • belo é melhor que feio;
  • explícito é melhor que implícito;
  • simples é melhor que complexo;
  • complexo é melhor que complicado;
  • plano é melhor que aninhado;
  • esparso é melhor que denso;
  • legibilidade conta;
  • casos especiais não são especiais o suficiente para violar as regras;
  • ainda que a praticidade vença a pureza;
  • erros nunca devem passar silenciosamente;
  • a não ser que sejam explicitamente silenciados;
  • em caso de ambiguidade, resista à tentação de adivinhar;
  • deve haver uma - e apenas uma - maneira óbvia de fazer algo;
  • mesmo que tal maneira não seja tão óbvia à primeira vista, a não ser que você seja holandês;
  • agora é melhor do que nunca;
  • embora nunca seja frequentemente melhor do que exatamente agora;
  • se a implementação é difícil de explicar, a ideia é ruim;
  • se a implementação é fácil de explicar, talvez a ideia seja boa;
  • espaços de nomes (namespaces) são uma ideia fantástica - vamos fazer mais deles!

Estes princípios, associados à forma de programação orientada a objetos da linguagem (que exige uma identação formal em sua sintaxe), levam a um código limpo e legível.
As ferramentas usadas no desenvolvimento da linguagem são descritas por Brett Cannon em “Guido, Some Guys, and a Mailing List: How Python is Developed”. Para o registro e controle de problemas é usada a ferramenta RoundUp, que também é usada para a submissão de sugestões de código e solicitação de novas funcionalidades; para o controle de versões, o Subversion; listas de discussões distintas são usadas para a comunicação dos grupos de desenvolvimento, gestão de problemas e para anúncios diversos. Sugestões de melhorias para a linguagem passam por um processo de análise e aprovação mais formal, iniciado pela submissão de um PEP (Python Enhancement Proposal – Proposta de Melhoria do Python), que além de passar pela equipe de desenvolvimento, deve ter o aval do mantenedor da linguagem (o Benevolente Ditador Vitalício).



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